Atividade biológica do óleo essencial de Peperomia alata Ruiz & Pav.
(Piperaceae) em Lactuca sativa e Sorghum bicolor
Nome: ALDA FRANCISCA RODRIGUES DE SOUSA FERNANDES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 23/02/2021
Orientador:
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Papel |
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MILENE MIRANDA PRAÇA FONTES | Orientador |
Banca:
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Papel |
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LUCIANO MENINI | Examinador Externo |
MILENE MIRANDA PRAÇA FONTES | Orientador |
SILVIA TAMIE MATSUMOTO | Examinador Interno |
STÉFANIE CRISTINA DE OLIVEIRA | Examinador Externo |
TATIANA DA SILVA SOUZA | Examinador Interno |
Resumo: O gênero Peperomia se destaca pela produção de óleos essenciais, e ocupa a
segunda posição como fonte de compostos bioativos dentro da família Piperaceae.
Estudos utilizando óleos essenciais têm demonstrado o potencial destes compostos
no que diz respeito às suas funções biológicas, que podem ser usados como fontes
alternativas à base de produtos naturais. Diferentes espécies do gênero Peperomia
possuem várias atividades relatadas, inclusive P. alata que já foi indicada como
planta medicinal. Os testes realizados com bioensaios vegetais permitem a
avaliação da atividade biológica e identificação de compostos bioativos. Assim, o
objetivo deste trabalho foi realizar um screening fitoquímico do óleo essencial de
folhas de P. alata e avaliar o potencial fitotóxico, via os bioensaios vegetais com26
Lactuca sativa e Sorghum bicolor, e os potenciais citotóxico, genotóxico, mutagênico
e antimutagênico via células meristemáticas de Lactuca sativa. Para isso, o óleo
essencial foi obtido por hidrodestilação e seus constituintes químicos foram
analisados por meio da cromatografia em fase gasosa com detector de ionização de
chama (CG-DIC) e de espectrometria de massas (CG-EM). Os compostos
majoritários presentes no óleo essencial foram: miristicina (37,87%), gama-cadineno
(28,13%), safrol (16,37%) e o-metileugenol (9,74%). Concentrações do óleo
essencial de P. alata inibiram de forma gradual a germinação e os crescimentos
radicular e aéreo nos dois modelos teste. Dentre os tratamentos que permitiram a
germinação de sementes, observou-se que houve resposta citotóxica nas
concentrações de 750 e 187,5 ppm e dano genotóxico na concentração de 1500
ppm. Na análise antimutagênica, foi notada redução significativa de danos causados
pelo agente MMS, demonstrando potencial antimutagênico, sendo que os resultados
indicam que o óleo essencial de P. alata na concentração de 187,5 ppm pode
inativar o agente mutagênico (desmutagênese) ou modular a replicação e o reparo
do DNA (bioantimutagênese). Diante disso, os efeitos observados apoiam seu
potencial fitotóxico em eudicotiledôneas e monocotiledôneas e atividade
antimutagênica em células meristemáticas de L. sativa. Esses resultados sugerem
que o óleo essencial de P. alata pode ser utilizado como alternativa de novos
compostos bioativos, no desenvolvimento de bioherbicidas e fármacos.