EXPRESSÃO GÊNICA DIFERENCIAL EM GENÓTIPOS DE Coffea canephora Pierre ex A. Froehner CONTRASTANTES PARA A TOLERÂNCIA À SECA
Nome: GABRIEL PERMANHANE DA SILVA
Data de publicação: 06/03/2024
Banca:
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Papel |
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CINTIA DOS SANTOS BENTO | Examinador Interno |
FABIANO COSTA SANTILIANO | Examinador Externo |
TAIS CRISTINA BASTOS SOARES | Presidente |
Resumo: A cafeicultura brasileira enfrenta limitações ambientais importantes devido à eventos de seca,
afetando significativamente a sua produtividade e expansão. O presente estudo objetivou a
identificação de genes transcritos de forma diferencial em genótipos de Coffea canephora
contrastantes para a tolerância à seca, visando subsidiar futuras iniciativas de melhoramento da
espécie para esta característica. Dois genótipos de café Conilon – 120T (tolerante) e 109S
(suscetível) - foram submetidos a quatro regimes hídricos, em casa de vegetação: Controle
(CT), Déficit Hídrico Moderado (DM) (pd = -1,5 MPa), Déficit Hídrico Severo (DS) (pd = -
3,0 MPa) e Recuperação (REC). O experimento foi conduzido em Delineamento Inteiramente
Casualizado (DIC), com três repetições. Amostras foliares foram coletadas e utilizadas para o
isolamento de mRNA e ensaios de RT-qPCR, para a análise dos níveis de expressão de nove
genes candidatos à tolerância à seca em C. canephora. Os resultados revelam a existência de
padrões de regulação transcricional distintos entre os genótipos, havendo maior influência dos
tratamentos sobre 120T, o qual manteve níveis de expressão mais elevados de genes como
CcEDR2, CcWRKY2, CcRAP2.4, CcPIP2;3 e CcCCoAOMT1 sob DM, em comparação com
109S. Este último apresentou tendência de aumento na transcrição destes genes sob DS, embora
sem efeitos estatisticamente significativos dos tratamentos ( = 5%), exceto para CcPIP2;3,
que foi expresso em níveis mais altos, em comparação com 120T. Também ocorreu uma
regulação positiva mais pronunciada da expressão de CcTIP2;1 e CcCCoAOMT1 em REC no
genótipo 120T, em comparação com 109S. Estes dados sugerem uma responsividade mais
precoce do genótipo 120T, em resposta ao déficit hídrico e à recuperação-pós estresse. Os
genes CcEDR2, CcWRKY2, CcRAP2.4, CcTIP2.1, CcPIP2;3 e CcCCoAOMT1 emergem como
promissores para a investigação de mecanismos moleculares subjacentes à tolerância à seca,
visto a forte divergência na sua regulação transcricional, observada entre os genótipos 120T e
109S.