Avaliação toxicogenética do solo da Restinga do Espírito Santo afetado pelos rejeitos de minério
utilizando bioindicadores vegetais e espécies nativas

Nome: SARA NASCIMENTO DOS SANTOS

Data de publicação: 25/02/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
IARA DA COSTA SOUZA Examinador Externo
MILENE MIRANDA PRACA FONTES Examinador Interno
SILVIA TAMIE MATSUMOTO Presidente

Resumo: Em novembro de 2015, após o rompimento da barragem de Fundão, cerca de 50 milhões de metros cúbicos de
rejeitos de minério de ferro foram lançados na bacia do Rio Doce que seguiu até desaguar no Oceano Atlântico.
Uma das áreas afetadas por esse avanço dos rejeitos foi a Restinga, onde houve deposição pelas ondas e por
aerossóis marinhos. Os compostos presentes no rejeito podem influenciar negativamente na fisiologia das plantas
e causar danos às células. O objetivo do trabalho foi avaliar o potencial toxicogenético, em plantas, do solo da
Restinga do Espírito Santo, contaminado por metal(oides) oriundos do rompimento da barragem de rejeitos de
minério. O estudo foi realizado em dois períodos, chuvoso e seco, em cinco estações amostrais ao norte da foz do
Rio Doce (E1, E2, E3, E4, E5) e uma estação ao sul da foz (E6). Foram coletadas amostras de solo e amostras de
folhas de Canavalia rosea e Ipomoea imperati para determinar a concentração de metal(oides), granulometria, pH
e matéria orgânica do solo, e analisar o fator de bioacumulação das folhas. Com as folhas das espécies nativas
também foram avaliados danos na fita do DNA. Para avaliar os danos toxicogenéticos causados pelo solo foi
preparado o extrato solubilizado para os bioensaios. Com o bioensaio de Lactuca sativa foram avaliados a
germinação e o crescimento radicular e com o bioensaio de Allium cepa foram avaliadas alterações cromossômicas,
nucleares e células com micronúcleo. Foram utilizados os testes de Tukey (p < 0,05) e teste T pareado para os
dados com distribuição normal e, para as análises não paramétricas, Dunn (p < 0,05) e Wilcoxon (p < 0,05). Houve
predominância de metal(oides) ao norte da foz, além do aumento da concentração da maioria dos elementos na
segunda campanha devido a intensidade dos ventos, correntes costeiras e deriva litorânea. O fator de
bioacumulação nas folhas foi relevante para cobre, chumbo e zinco em todas as estações e campanhas, com
maiores níveis nas estações mais próximas a foz. C. rosea apresentou maiores quebras simples, enquanto I.
imperati demonstrou uma tolerância maior aos danos. A PCA mostrou que os danos no DNA de C. rosea estão
relacionados com Pb, As e Cu, enquanto Cd, Pb, Cu, Zn e Co estão relacionados com I. imperati. Os tratamentos
de solubilizado não foram fitotóxicos. Na primeira campanha, período de chuva, os meristemas de A. cepa
submetidas ao tratamento com solubilizado de E4 e E5 apresentaram maiores valores de índice mitótico, enquanto
E3 e E5 maiores valores de alterações celulares. Na segunda campanha, período seco, E3 teve maior índice
mitótico e maior número de células com micronúcleo.

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