História evolutiva de Myrsine coriacea Sw. R. Br. ex Roem. & Schult
(Primulaceae) com ênfase em populações nativas da Floresta Atlântica
Nome: POLIANY DE OLIVEIRA BARBOSA
Data de publicação: 28/03/2025
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| AMÉLIA CARLOS TULER | Examinador Externo |
| CINTIA DOS SANTOS BENTO | Examinador Interno |
| LUCIMARA CRUZ DE SOUZA | Examinador Externo |
| TATIANA TAVARES CARRIJO | Presidente |
| THAMYRES CARDOSO DA SILVEIRA | Examinador Externo |
Resumo: Myrsine coriacea é uma espécie de Angiosperma com ampla distribuição geográfica no
Neotrópico. Na Floresta Atlântica é capaz de ocorrer em diferentes ambientes, desde o
nível do mar até os campos de altitude. Estudos morfofisiólogicos recentes lançaram luz
ao papel da plasticidade fenotípica no sucesso de ocupação do espaço desta espécie, mas
também evidenciaram diferenças intrapopulacionais que podem ser explicadas por
características genéticas. O objetivo desta tese foi buscar o entendimento do papel da
genética na variação intraespecífica de M. coriacea, com base em abordagens
filogenéticas e de diversidade haplotípica. Os estudos foram divididos em três capítulos.
O primeiro capítulo apresenta uma revisão da literatura taxonômica e evolutiva da família
Primulaceae e de M. coriacea no Neotrópico. O segundo apresenta uma reconstrução
filogenética com base em acessos de M. coriacea e espécies congenéricas, visando testar
o monofiletismo da espécie. O terceiro capítulo apresenta o estudo da diversidade
haplotípica em populações de M. coriacea ao longo de um gradiente altitudinal na
Floresta Atlântica, visando compreender a variação intraespecífica e a existência de
barreiras ao fluxo gênico entre populações. Através dos resultados das análises de
filogenia e diversidade haplotípica é possível observar que embora a diversidade
intrapopulacional seja alta em todas as populações, as de campos de altitude merecem
maior atenção, visto que além de adaptação local influenciada pelo ambiente, essas
populações se diferenciam geneticamente das demais ao ponto de serem consideradas
linhagens distintas, necessitando de uma revisão taxonômica visando sua conservação.
