AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE ACEROLEIRA PARA O ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Nome: ISABELA BOLARI RAMOS

Data de publicação: 30/07/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADESIO FERREIRA Examinador Interno
FLÁVIO FRANÇA DE SOUZA Examinador Externo
JOAO FELIPE DE BRITES SENRA Presidente
LUIZ CARLOS SANTOS CAETANO Examinador Externo
WAGNER NUNES RODRIGUES Examinador Externo

Resumo: A aceroleira (Malpighia emarginata Sessé & Moc. ex DC.) é uma fruteira tropical
amplamente cultivada no Brasil, destacando-se pelo altíssimo teor de vitamina C presente
em seus frutos. Apesar do crescimento da cultura e da implantação de polos regionais,
como o do Espírito Santo, são escassos os estudos que avaliam o desempenho agronômico
e funcional dos genótipos frente às condições edafoclimáticas locais. Nesse contexto, esta
dissertação objetivou avaliar o comportamento de diferentes genótipos de aceroleira
quanto ao crescimento vegetativo, à produtividade e às características físico-químicas dos
frutos, com vistas à identificação de materiais adaptados e com potencial para consumo
in natura e processamento industrial para as condições da região sul do Espírito Santo.
No primeiro capítulo, foram estimadas taxas de crescimento vegetativo por meio de
modelos de regressão não linear. O modelo logístico se mostrou mais eficiente para
descrever o padrão sigmoidal do crescimento da espécie. Os genótipos “BRS Apodi” e
“Uel03” se destacaram, indicando maior porte vegetativo, enquanto “BRS Sertaneja”,
“Junko” e “Monami” apresentaram maior velocidade de crescimento. No segundo
capítulo, foi avaliada a produtividade ao longo de sete meses de colheita com o uso de
modelos mistos REML/BLUP, que permitiram a predição dos valores genéticos
individuais, mensais e acumulados das cultivares. Os genótipos “Uel03”, “Prog 052”,
“Junko” e “BRS Apodi” apresentaram os maiores valores genéticos preditos e estimativas
de produção por hectare, superando cultivares tradicionais como “BRS Sertaneja” e
“Okinawa”. No terceiro capítulo, foram analisadas características físico-químicas dos
frutos em sete ciclos de avaliação, incluindo diâmetro, pH, sólidos solúveis totais, acidez
titulável total, razão sólidos solúveis totais com acidez titulável total (ratio) e vitamina C.
Os genótipos “BRS Jaburu” e “Uel03” apresentaram maior pH, menor acidez titulável e
um ratio elevado, perfil ideal para consumo in natura. Por outro lado, “Junko”,
“Okinawa” e “BRS Sertaneja” mostraram maior acidez e altos teores de vitamina C,
configurando-se como alternativas para fins industriais. Assim, conclui-se que há ampla
diversidade genética entre os genótipos avaliados, com materiais promissores tanto para
o consumo in natura quanto para a indústria de processamento. Os resultados obtidos
orientam recomendações comerciais e produtivas regionais, além de reafirmarem a
importância da genética como ferramenta na valorização agronômica e funcional da
aceroleira.

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